Emendando trabalhos no audiovisual desde 2022, quando estrelou no streaming a série musical da Disney, “O Coro: Sucesso Aqui Vou Eu!”, sob a direção de Miguel Falabella, Carolina Amaral (23), vem agora colecionando novas experiências no cinema. Com três filmes a serem lançados, seu ano de 2024 começa com o longa “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo”, que chegou aos cinemas dia 18 de janeiro, trazendo os famosos personagens de Maurício de Sousa, agora adolescentes e em versão live-action, sob a direção de Maurício Eça.
É com entusiasmo que a atriz relembra o início de sua jornada, iniciada em 2017, com a personagem Denise, quando chamou a atenção de uma produtora de elenco durante uma atuação teatral que marcou o início de sua carreira como atriz, para além das experiências com o canto. Com dedicação intensa aos testes, Carolina conquistou o papel após seis meses de desafios e muita ansiedade.
“Eu era muito jovem, meu primeiro teste foi com 15 anos. Já era algo muito novo, ainda mais um desafio desse peso, que é viver uma personagem do genial e icônico Maurício de Sousa. Me empenhei muito pesquisando sua persona, estudando com a minha professora de teatro da época e lendo a maior quantidade de gibis que consegui. Foram três testes, durante seis meses. A ansiedade foi muito forte, a vontade de fazer era gigantesca. Lembro que quando recebi a notícia foi um pico de euforia e a jornada começou ali, da melhor forma, e se tornando uma das oportunidades que mais me ensinou na vida”, relembra.
Desde então, a responsabilidade de interpretar uma criação do “pai da Turma da Mônica” se tornou uma constante na carreira da atriz, pois ela nunca chegou a se desconectar, de fato, do papel. Com amor cultivado pela personagem, ela destaca os desafios encontrados para materializar a complexidade de Denise, hoje reconstruída com novas camadas favorecidas pelo passar dos anos, já que Carolina, enquanto atriz, evoluiu seu desenvolvimento artístico, aprimorando suas habilidades e perspectivas.
Ao refletir sobre sua evolução desde 2017, a artista destaca o impacto do estudo contínuo em sua abordagem como atriz, e reconhece que, após quase oito anos, sua relação com a carreira está mais estreita e lapidada graças a ele, capaz também de transformar sua visão em relação ao meio trabalhado. Entre novas técnicas, conhecimentos e experiências, o reencontro de Carolina, hoje adulta, com a personagem, ganha ares frescos e com mais força, em função das referências e bagagens extras adquiridas, ainda que Denise se mantenha adolescente, sem nenhum impacto do tempo.
Diferente de todo o elenco, a atriz é a única que seguiu no papel desde que a juventude dos personagens foi anunciada. Sua primeira aparição oficial, saindo do gibis para o mundo real, aconteceu durante um painel da Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, durante um lançamento que teve como intuito promover uma conexão direta entre a personagem e o público por meio da internet, onde ela poderia interagir diretamente com através das próprias redes sociais fictícias, abordando temas como moda, estilo de vida e beleza.
Agora, para mergulhar de cabeça nesse novo momento da melhor amiga de Carminha Frufru, vivida por Giovanna Chaves, Carolina contou com o trabalho dos preparadores de elenco do filme, e precisou passar por uma mudança radical de visual, tornando-se ruiva, comunicando assim com a identidade visual criada pelo ilustrador, que, nos últimos anos, introduziu a personagem em mais de 50 edições de gibis da Turma da Mônica Jovem – o que abriu caminhos para o trabalho de criação e construção da atriz.
“Como a personagem já existe há muito tempo e é extremamente bem definida nas histórias e desenhos de Turma da Mônica, isso facilitou a preparação para vivê-la, pois posso me inspirar nela mesma, tenho a referência já pronta. Mas além disso, no momento de construir uma personagem, eu amo criar uma gênese, criar e descrever acontecimentos desde o seu nascimento. Isso me ajuda na conexão com o “ser”, pois busco alí os porquês dela ser como é e agir como age. Esse processo sempre me dá um alicerce bom, para ter um melhor entendimento do texto e da personagem”.
Ao compartilhar sua visão sobre quem é Denise, ela a define como uma personagem complexa e autêntica, que se difere na turma por estar entre as mais antenadas no mundo virtual, além de ter um feeling investigativo que faz toda a diferença na trama, contribuindo para que a verdade dos acontecimentos sempre apareça. E em um misto de ficção e realidade, quando questionada sobre a experiência que é ser, de fato, parte da turma do bairro do Limoeiro, Carolina expressa gratidão.
“Eu diria que é inacreditável e inenarrável poder dar vida a uma personagem tão querida, que vive em um universo tão rico criado por Maurício de Sousa. A sensação do momento é de um sonho profissional se concretizando junto com uma grande realização pessoal, pois desde pequena sou fã de Turma da Mônica, e hoje, meu trabalho me permite fazer parte dela.”, celebra.
Ainda para 2024, mas na contramão desse mundo jovem e lúdico – e que ainda trará novidades para os próximos meses, Carolina poderá ser vista na trama de época do filme “Madame Durocher”, que conta a história da primeira mulher a integrar a Academia Nacional de Medicina, vivida por Sandra Corveloni; sob a direção de Dida Andrade e Andradina Azevedo, ela está na pele da histórica Princesa Leopoldina. Outro trabalho a ser lançado é o filme “O Mundo Que Eu Conheço Lá Não Existe Mais”, dirigido e roteirizado por Thiago Luciano, e que conta a história de uma síndrome contagiosa que impede as pessoas de amar. A atriz estará em cena com nomes como Lucy Ramos e Eduardo Moscovis.
“Esse ano já promete ser muito especial. É a primeira vez que vou me ver na tela de um cinema, e só a Carol de 12 anos sabe o quanto eu sonhei com esse momento. É um passo muito importante na minha carreira e eu não poderia estar mais feliz!”, finaliza.